Patriarca de Lisboa invoca paz entre culturas, religiões, partidos e instituições

O patriarca de Lisboa, Rui Valério, invocou hoje a paz entre culturas, religiões, partidos e instituições, e deu como exemplo Nossa Senhora, dizendo que mostrou ser possível a harmonia entre realidades diferentes.

Patriarca de Lisboa invoca paz entre culturas, religiões, partidos e instituições

“Oremos com Nossa Senhora pelos povos que estão em guerra na Ucrânia, no Médio Oriente, no Sudão, no Mali, na República Centro-Africana, mas invoquemos a paz também nas famílias, nos corações de todos os homens, mulheres, crianças, adolescentes, jovens e idosos, a paz entre culturas, entre religiões, entre partidos e até entre instituições”, pediu o patriarca de Lisboa, que presidiu à missa da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e do Dia Mundial da Paz, na Igreja de Cristo-Rei da Portela.

Rui Valério destacou o exemplo de Maria, defendendo que “juntou dimensões tão distintas e contrastantes como o céu e a terra”, demonstrando ser “possível estabelecer a harmonia de realidades diferentes e instaurar a paz entre todos os povos”.

O patriarca de Lisboa realçou que a paz “também é obra de excelência dos filhos de Deus”.

“O grito das vítimas aos senhores da guerra só já pede uma coisa: parem, deixem de servir a morte, não sejam fazedores de sofrimento”, acrescentou, pedindo também que cesse o clima de crispação que tem marcado, nos últimos tempos, a abordagem a instituições.

Rui Valério deixou ainda umas palavras relativamente ao uso da Inteligência Artificial, uma realidade já preponderante na sociedade atual, recordando que a ciência deve ser fator de promoção de paz. “Que não se coloque as suas imensas potencialidades ao serviço da guerra”, vincou.

O Dia Mundial da Paz assinala-se em 01 de janeiro, tendo sido criado pelo Papa Paulo VI, em 1967.

O Papa Francisco pediu, no domingo, aos que têm interesses nas guerras que “escutem a voz da consciência” e tenham “a coragem” de se questionar sobre quantas vidas se perderam nesses conflitos.

“No final do ano, tenhamos a coragem de nos perguntar quantas vidas foram ceifadas pelos conflitos armados, quantos mortos, quanta destruição e sofrimento ou quanta pobreza”, apelou o pontífice depois de rezar a oração do Angelus na janela do Palácio Apostólico, no último dia do ano, acrescentando: “Quem tem interesse nestes conflitos deve ouvir a voz da consciência”.

Numa mensagem para assinalar o Dia Mundial da Paz, o Papa publicou uma mensagem na qual abordou também os riscos da Inteligência Artificial.

“A inteligência artificial deve ser entendida como uma galáxia de realidades diferentes e não podemos assumir ‘a priori’ que o seu desenvolvimento dará um contributo benéfico para o futuro da humanidade e para a paz entre os povos. Um resultado tão positivo só será possível se formos capazes agir com responsabilidade”, disse ele.

MPE // FPA

By Impala News / Lusa

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