Foi ouvido, por videoconferência, esta terça-feira, 29 de outubro, no tribunal de Loures, o médico legista responsável pela autópsia feita ao cadáver de Luís Grilo.

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Em mais uma sessão do julgamento em que a mulher do triatleta é acusada da morte do marido, foram ouvidas as testemunhas de defesa. O médico legista disse que apenas encontrou «um projétil e um orifício de entrada» no cadáver de Luís Grilo. Questionado pela advogada de Rosa Grilo sobre a existência de dois elementos municipais, o perito frisa que se tratava de «um projeto único».

«E terá sido colocado num frasco único?». A pergunta é da juíza, que teve como resposta «certamente.» Em causa está a alegada contaminação de prova levantada pela defesa de António Joaquim. Ricardo Serrano Vieira acusa os peritos da Polícia Judiciária (PJ) de colocar um fragmento de osso e uma parte do projétil retirado da cabeça de Luís Grilo misturados no mesmo saco de prova.

Elevado estado de decomposição do cadáver dificulta peritagem

Em laboratório foram recolhidos aquilo que se pensava ser dois pedaços de projétil. Quanto à existência de um segundo elemento, o médico legista não se recorda, mas reforça que «em caso algum colocaria amostras de tipos diferentes no mesmo recipiente». «Fiz a recolha a pensar que era matéria da mesma origem.»

O especialista alerta para o elevado estado de decomposição do cadáver, e a «ausência de órgãos internos», que acabaram por dificultar a peritagem. Só após a lavagem, feita em laboratório, é que se pode verificar que se tratava de um projétil e um pedaço de osso. Antes do início do julgamento, a advogada da arguida falou aos jornalistas e disse estar «cada vez mais convicta da absolvição» de Rosa Grilo.

Texto: Jéssica Santos | WiN

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