Detidos dois suspeitos da morte de Marielle Franco

Um ano depois, polícia do Rio de Janeiro deteve dois suspeitos pela morte de Marielle Franco. Os suspeitos são um polícia militar reformado e um ex-polícia militar.

Detidos dois suspeitos da morte de Marielle Franco

A polícia do Rio de Janeiro deteve esta terça-feira, 12 de março, dois suspeitos da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Segundo a G1,  agentes da Divisão de Homicídios e promotores do Ministério Público estadual do Rio de Janeiro prenderam o polícia militar reformado Ronnie Lessa, 48 anos, e o ex-polícia militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, acusados do crime de homicídio da vereadora Marielle Franco e do seu motorista.

Ronnie Lessa é apontado como o suspeito que disparou sobre Marielle Franco. Élcio seria o condutor durante o crime.

A investigação ainda está a decorrer e ainda não se sabe quem ordenou o homicídio e quais as motivações. Os procuradores acreditam que o crime tenha sido planeado três meses antes.

Além das detenções, a operação vai executar mandados de busca e apreensão nas moradas dos suspeitos para apreender documentos, telemóveis, computadores, armas e munições, entre outros objetos de relevância. Durante o dia serão ainda feitas buscas nas moradas de outros suspeitos.

Marielle Franco destacou-se por denunciar abusos das forças policiais nas favelas

Marielle Franco, negra, lésbica, nascida num complexo de favelas no Rio de Janeiro e militante de esquerda do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), destacou-se por denunciar abusos das forças policiais nas favelas e pela defesa dos direitos humanos. No dia 14 de março de 2018, Marielle Franco foi assassinada aos 38 anos.

«Uma mulher que nasceu numa favela, fez um percurso notável. Era vereadora, foi a sexta mais votada de sempre no Rio de Janeiro e fazia o seu trabalho na defesa daqueles que não tinham voz e dos que perdiam a vida apenas por viverem no Rio», recordou o diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal.

Em Marielle, «o que mais encanta» Pedro Neto é que «ela não tomava partidos». «Não tomava lados do campo, era a favor da conciliação e da paz. A sua tese de mestrado, dedicou-a a polícias que foram assassinados também eles por causa da violência no Rio», contou.

O responsável chega mesmo a comparar Marielle com um outro defensor dos Direitos Humanos: «quase me faz lembrar Nelson Mandela, mas numa versão feminina e no Brasil».

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