Empreiteiro atira ácido à mulher adormecida porque ela não deu à luz um menino

Empreiteiro de 32 anos atirou ácido à cara da mulher enquanto ela dormia porque ela lhe deu um rapaz como filho. O caso deu-se 3 dias antes do Dia da Mulher.

Siraj atirou ácido à cara da mulher enquanto ela dormia. Tudo porque ela não deu à luz um menino. O caso deu-se 3 dias antes do Dia Internacional dos Direitos da Mulher.

Farah, de 25 anos, ficou gravemente queimada enquanto ainda estava deitada na cama na sua casa em Moradabad, Nova Deli. Siraj acusou a mulher de não lhe dar um filho quando acabara de dar a luz  a segunda filha.

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O agressor, de 32 anos, e a jovem esposa começaram a ter problemas no relacionamento um ano antes. Tudo terá tido início no momento em que «Siraj começou a exigir» à mulher «um dote», apesar dos já «sete anos de casamento», de acordo com a irmã de Farah, Nusrat Jahan.

Quando Farah foi de emergência para o hospital, tinha graves queimaduras no rosto, nas mãos e no abdómen

Quando Farah foi de emergência para o hospital, tinha graves queimaduras no rosto, nas mãos e no abdómen. Segundo Nusrat, a irmã tinha-se casado com Siraj, empreiteiro, há oito anos.

Como Farah não deu à luz um menino, mas antes uma segunda menina, Siraj atacou-a com ácido

O casal «discutia há quase um ano», desde que «Siraj começou a exigir um dote da família de Farah». Pelo testemunho de Nusrat Jahan, o que terá levado ao ataque com ácido «foi o nascimento recente de uma segunda menina». A desaprovação de Siraj, que queria um filho, levou-o «a este ato atroz».

Farah confirma ainda que a família do marido começou a persegui-la e bater-lhe após o nascimento da primeira rapariga. «Após o nascimento da minha primeira filha, os meus sogros começaram a atacar-me, como se eu tivesse escolhido ter uma filha.»

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O assédio ter-se-á intensificado «ao longo do tempo». E, «desde o ano passado, as coisas começaram realmente a piorar». A família do marido exigia que Farah pedisse «dinheiro aos pais» para lhes «pagar um dote». Se ela «recusasse ou voltasse de mãos vazias», castigavam-na. «batiam-me!»

«Tentei viver a minha tortura diária a pensar no bem-estar das minhas filhas», justifica Farah

Quando Farah deu à luz uma segunda filha, a situação «ultrapassou a simples agressão física e psicológica» a que estaria sujeita «no último ano». «Tentei viver a minha tortura diária a pensar no bem-estar das minhas filhas», justifica.

«Perguntava-me quem cuidaria de mim e das minhas filhas se eu abandonasse o Siraj. Mas nunca esperaria que ele atirasse ácido sobre mim. Nunca o perdoarei.»

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