Tiroteio em universidade de Praga fez 14 mortos e 25 feridos

O tiroteio numa universidade de Praga fez hoje 14 mortos, adiantou a polícia local que corrigiu a indicação anterior de 15 vítimas mortais, acrescentando que existem ainda 25 feridos, dez destes em estado grave.

Tiroteio em universidade de Praga fez 14 mortos e 25 feridos

“Atualmente, posso confirmar que houve 14 vítimas deste crime horrível e 25 feridos, dez destes graves”, referiu o chefe da polícia, Martin Vondrasek, em declarações aos jornalistas.

O atirador, um jovem de 24 anos, foi encontrado morto no local pela polícia, num caso em que as autoridades checas descartaram como “terrorismo internacional”.

O ato de violência, ocorrido no centro histórico da capital checa, na Faculdade de Letras, localizada perto de importantes locais turísticos, como a Ponte Carlos, do século XIV, provocou uma intervenção em massa de polícias fortemente armados.

Vondrasek adiantou que a polícia começou a procurar o jovem antes mesmo do tiroteio, depois do seu pai ter sido encontrado morto na vila de Hostoun, a oeste de Praga.

O atirador “partiu para Praga a dizer que se queria suicidar”, acrescentou.

A polícia fez uma primeira busca no edifício da Faculdade de Letras onde o assassino iria frequentar uma aula, mas este último dirigiu-se a outro edifício, localizado nas proximidades, e a as autoridades não o encontraram a tempo.

“Às 13:59 (hora de Lisboa), recebemos as primeiras informações sobre o tiroteio”, contou Vondrasek, acrescentando que a unidade de intervenção rápida chegou ao local em 12 minutos.

“Às 14:20, os polícias na operação deram conta do corpo imóvel do atirador”, frisou, explicando que, segundo relatos não confirmados, o jovem suicidou-se.

O tiroteio mais grave desde que a República Checa se tornou um Estado independente, em 1993, causou uma onda de consternação em todo o mundo.

O Presidente checo Petr Pavel disse estar “chocado com estes acontecimentos”, ao endereçar as “sinceras condolências às famílias e entes queridos das vítimas do tiroteio”. O primeiro-ministro, Petr Fiala, realçou, por sua vez, que não há “justificação para tal ato”.

Em Washington, o porta-voz da Casa Branca garantiu que “o Presidente (Biden) e a primeira-dama estão a rezar pelas famílias que perderam entes queridos e por todos aqueles que foram afetados por este ato de violência sem sentido”.

A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enviou uma mensagem de compaixão a Praga: “Expresso as minhas mais profundas condolências às famílias das vítimas e ao povo checo como um todo. Estamos convosco e lamentamos convosco”.

O Presidente francês Emmanuel Macron também expressou a sua solidariedade ao povo checo, tal como fizeram muitos outros líderes europeus, incluindo o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Também o Presidente da República português Marcelo Rebelo de Sousa enviou condolências ao seu homólogo checo, pelo “hediondo ataque”.

Já o primeiro-ministro português, António Costa, mostrou-se “profundamente chocado” e endereçou “sentidas condolências às famílias das vítimas e toda a solidariedade para com o povo e o governo checos”, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, apresentou as condolências pelo “trágico e insensato ato de violência”.

Embora a violência armada em massa seja incomum na República Checa, o país registou alguns casos nos últimos anos.

Em 2015, um assassino de 63 anos matou a tiros sete homens e uma mulher antes de cometer suicídio num restaurante na cidade de Uhersky Brod, no sudeste do país.

Em 2019, um homem matou seis pessoas na sala de espera de um hospital na cidade oriental de Ostrava, tendo uma mulher morrido dias depois. O agressor também se suicidou, cerca de três horas após o ataque.

DMC // RBF

By Impala News / Lusa

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