Procurador que investigou Bill Clinton no caso Monica Lewinsky morre aos 76 anos

O antigo procurador norte-americano Kenneth Starr, que liderou a acusação contra o ex-Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton no caso Monica Lewinsky, morreu na terça-feira aos 76 anos, informou a família.

Procurador que investigou Bill Clinton no caso Monica Lewinsky morre aos 76 anos

O antigo procurador norte-americano Kenneth Starr, que liderou a acusação contra o ex-Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton no caso Monica Lewinsky, morreu na terça-feira aos 76 anos, informou a família. O advogado, que defendeu brevemente o ex-Presidente Donald Trump num processo de destituição, morreu num hospital de Houston “devido a complicações após a cirurgia”, disseram os familiares em comunicado.

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Kenneth Starr ganhou notoriedade mundial no final dos anos 90 pelo trabalho como procurador independente responsável pela investigação sobre o caso de Bill Clinton com a estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky, com o então Presidente a acabar por ser absolvido pelo Senado dos Estados Unidos, em 1999. Kenneth Starr, que nunca escondeu as suas simpatias republicanas, também participou na defesa de Trump durante o primeiro processo de destituição, em 2020. Acusado de ter condicionado a ajuda militar à Ucrânia à abertura de uma investigação sobre o filho do rival Joe Biden pelas autoridades do país europeu, o então Presidente republicano foi absolvido graças ao apoio dos senadores do partido.

Kenneth Starr, que nunca escondeu as suas simpatias republicanas, também participou na defesa de Trump durante o primeiro processo de destituição

O líder republicano Mitch McConnell disse estar entristecido com “a morte do amigo”. Kenneth Starr “foi um advogado brilhante, um líder impressionante e um patriota dedicado”, acrescentou o senador, em comunicado. Nasceu em Vernon, Texas, a 21 de julho de 1946. Foi profundamente influenciado pelo pai, um pregador protestante na Igreja de Cristo. Afirmou nunca beber ou fumar e acreditava fervorosamente nos valores familiares. Aos 37 anos, tornou-se no juiz mais jovem do tribunal federal de recurso em Washington, um dos mais influentes do país. Nomeado a 05 de Agosto de 1994 como procurador independente no caso Whitewater, um imbróglio político e financeiro em torno de uma falência fraudulenta no Arkansas durante o tempo do governador Bill Clinton, Kenneth Starr lançou uma verdadeira cruzada contra o novo Presidente.

 “Era um verdadeiro patriota americano que amava o nosso país e a lei”

A investigação derivou para os assuntos extraconjugais do então chefe de Estado e acabou no processo de destituição do democrata por perjúrio. Acusado de ter mentido sob juramento sobre a natureza da sua relação com Monica Lewinsky, Bill Clinton foi forçado a fazer uma confissão pública. O processo de destituição, contudo, causou mal-estar entre uma grande parte da população norte-americana, que criticou Kenneth Starr por se comportar como “um inquisidor”. “Tenho sentimentos complicados sobre Ken Starr, mas o mais importante é a dor dos seus entes queridos”, escreveu na rede social Twitter Monica Lewinsky, acusando-o no passado de a ter “perseguido e aterrorizado”. “Era um verdadeiro patriota americano que amava o nosso país e a lei”, disse o ex-Presidente Donald Trump na sua plataforma, Truth Social. Depois da absolvição de Bill Clinton, Kenneth Starr trabalhou como advogado, professor, reitor universitário e comentador no canal conservador Fox News. Em 2016, foi afastado do cargo de reitor da Universidade Baylor, uma grande universidade batista privada no Texas, por não ter tomado as sanções necessárias contra os atletas da equipa de futebol norte-americano acusados de agressões sexuais.

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