Presidente Marcelo Rebelo de Sousa inicia hoje visita de três dias a Cabo Verde

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, inicia hoje uma visita a Cabo Verde para participar nas comemorações dos 50 anos da libertação dos presos do Campo de Concentração do Tarrafal, símbolo da violência da ditadura colonial portuguesa.

Presidente Marcelo Rebelo de Sousa inicia hoje visita de três dias a Cabo Verde

O programa, divulgado pela Presidência cabo-verdiana, arranca às 17:00 (19:00 em Lisboa) com uma visita à Feira do Livro, na capital, Praia, na qual Marcelo Rebelo de Sousa será recebido pelo seu homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves. 

Logo a seguir, os dois chefes de Estado visitam a exposição “50 Anos de Abril – Antes e Depois”, no Arquivo Histórico Nacional de Cabo Verde.

Marcelo Rebelo de Sousa termina o dia com uma receção à comunidade portuguesa.

O dia 01 de maio será passado por inteiro no antigo campo de concentração do Tarrafal, hoje Museu da Resistência, palco central das comemorações, em que participam ainda o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, e um representante do Presidente de Angola, completando assim o leque de quatro países de origem dos presos políticos.

O programa inclui o descerramento de uma placa comemorativa, uma sessão especial com os chefes de Estado e uma conferência sobre o campo do Tarrafal pelo historiador Victor Barros.

À tarde, os presidentes realizam uma visita guiada ao campo e as comemorações do dia terminam com um concerto com Mário Lúcio (Cabo Verde), Teresa Salgueiro (Portugal), Paulo Flores (Angola) e Karyna Gomes (Guiné Bissau), com entrada livre.

O programa do Presidente português para quinta-feira, em Cabo Verde, está ainda em finalização.

Um total de 36 pessoas foram mortas pela ditadura colonial portuguesa no campo de concentração do Tarrafal.

A maioria, 32 mortos, eram portugueses que contestavam o regime fascista, presos na primeira fase do campo, entre 1936 e 1956.

O campo reabriu em 1962 com o nome de Campo de Trabalho de Chão Bom, destinado a encarcerar anticolonialistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde — altura em que morreram dois angolanos e dois guineenses.

Ao todo, mais de 500 pessoas estiveram presas no “campo da morte lenta”.

LFO // MLL

Lusa/Fim

By Impala News / Lusa

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