Polícia detém coordenadora dos Comités de Defesa da República da Catalunha

A coordenadora foi detida hoje pela polícia e será presente a tribunal depois de uma denúncia por delitos de rebelião e terrorismo feita pelo Ministério Público.

Polícia detém coordenadora dos Comités de Defesa da República da Catalunha

A coordenadora dos autodenominados Comités de Defesa da República (CDR) da Catalunha foi detida hoje pela polícia e será presente a tribunal depois de uma denúncia por delitos de rebelião e terrorismo feita pelo Ministério Público.

“Há uma detenção, de uma mulher […] a operação ainda está a decorrer e é verdade que os acusamos de rebelião e terrorismo”, declarou hoje o ministro da Administração Interna espanhol, Juan Ignacio Zoido, à televisão Telecinco.

A agência Efe também cita fontes ligadas à investigação para informar que a ativista, de nacionalidade espanhola e com domicílio em Viladecans (Barcelona), será transferida diretamente para a Audiência Nacional (tribunal especial que trata casos mais graves), sem passar pelo comando da Guardia Civil.

Esta força de segurança, correspondente à GNR portuguesa, foi quem fez a detenção e realizou uma busca na casa da detida.

A Guardia Civil explica num comunicado que a pessoa em causa é coordenadora dos CDR e que foi detida por alegado envolvimento com delitos de terrorismo e rebelião.

Os CDR são grupos de cidadãos criados em 2017 com o objetivo inicial de facilitar o referendo de independência da Catalunha, que se realizou em 01 de outubro de 2017 e que foi suspenso pelo Tribunal Constitucional espanhol.

Depois desse ato eleitoral, adotaram o novo objetivo de lutar pelo cumprimento do resultado, favorável à secessão, e pela proclamação da República catalã, sendo apoiados por diversas organizações de esquerda separatista, principalmente pela Candidatura de Unidade Popular (extrema-esquerda antissistema).

Os CDR foram reativados nas últimas semanas, depois da detenção de dirigentes separatistas catalães e têm estado particularmente ativos a cortar o trânsito em estradas e vias rápidas da Catalunha.

Segundo Juan Ignacio Zoido há “mais de 300 ações violentas” com ligação ou não aos CDR, nomeadamente contra as forças de segurança ou a Justiça.

 

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