Mais de 4.900 venezuelanos assassinados em países da região

Segundo a Plataforma Regional de Coordenação Interagências para os Refugiados e Migrantes da Venezuela, mais de 6,15 milhões de venezuelanos abandonaram o país nos últimos cinco anos, escapando à crise política, económica e social

Mais de 4.900 venezuelanos assassinados em países da região

Mais de 4.900 venezuelanos foram assassinados na Colômbia, Peru, Equador e outros países da região, segundo dados da Comissão Especial que Investiga Crimes contra Migrantes Venezuelanos (CEICMV). “Até à data temos 4.918 homens e mulheres venezuelanos que, infelizmente, foram assassinados em território colombiano, peruano, equatoriano e em outros, da região”, disse o presidente da CEICMV à televisão estatal venezuelana, ao finalizar uma reunião de trabalho daquela comissão. Sem precisar a data em que aconteceram os assassinatos, Júlio Chávez garantiu que estão identificados os nomes e apelidos de cada uma das vítimas, assim como as causas da morte e localidades onde foram assassinados.

Bombardeamentos russos causam pelo menos 11 mortos em Dnipro, no sul da Ucrânia
Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas por bombardeamentos russos no distrito ucraniano de Nikopol, na região de Dnipro, no sul do país (… continue a ler aqui)

Trata-se, disse, de uma investigação realizada pela CEICMV que servirá de “prova para elevar o caso perante o Tribunal Penal Internacional pelo assassinato destes 4.918 venezuelanos”. Júlio Chávez explicou que as autoridades venezuelanas contactaram com os serviços de Migração do Peru, Argentina, Bolívia, Uruguai e Paraguai “para recolher toda a informação sobre a migração venezuelana nesses países”. “Recebemos contribuições para dotar o nosso país de instrumentos legais, que estejam em sintonia com este problema migratório que para nós é relativamente novo, porque historicamente a Venezuela se tem caracterizado por receber migrantes”, disse. Segundo Chávez, ao contrário do que aconteceu com os estrangeiros que migraram para a Venezuela, os venezuelanos são “perseguidos, satanizados e alvo de campanhas de ódio, de parte de governos da região”.

 “Recebemos contribuições para dotar o nosso país de instrumentos legais, que estejam em sintonia com este problema migratório que para nós é relativamente novo, porque historicamente a Venezuela se tem caracterizado por receber migrantes”

O presidente da CEICMV anunciou ainda que aquela comissão foi criada em novembro de 2021 e que trabalha num projeto de lei para a reinserção de migrantes que desejam retornar ao país. “Estamos a estudar as políticas para receber e reinserir esses migrantes. 70% dos que temos registados na Argentina estão na disposição de regressar à Venezuela e o mesmo acontece com migrantes noutros países”, disse. Pelo menos 5,09 milhões de venezuelanos radicaram-se noutros países da América Latina e Caraíbas.

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