Maduro quer eleições presidenciais, legislativas e municipais na Venezuela a 22 de abril

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs hoje que no dia das eleições presidenciais, 22 de abril, os venezuelanos votem também para um novo parlamento, para o poder legislativo dos Estados e municipal.

Maduro quer eleições presidenciais, legislativas e municipais na Venezuela a 22 de abril

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs hoje que no dia das eleições presidenciais, 22 de abril, os venezuelanos votem também para um novo parlamento, para o poder legislativo dos Estados e municipal.

“Proponho somar a eleição para todos os conselhos legislativos dos 23 Estados e todos os conselhos municipais dos 335 municípios do país e que façamos uma renovação integral da Assembleia Nacional (parlamento). Proponho, uma megaeleição no país”, disse Maduro, em Caracas, durante uma conferência de imprensa transmitida pela televisão estatal venezuelana.

O chefe de Estado frisou que, “assim, o país teria o quadro completo, todas as entidades, com as suas autoridades, legitimadas pelo povo através do voto popular”.

A proposta de Nicolás Maduro ocorre no mesmo dia em que a oposição venezuelana anunciou que não apresentará candidatos para as próximas eleições presidenciais, por considerar que, se o fizesse, daria o aval a um processo ilegítimo.

“Não contem com a UD, nem com o povo para dar o aval ao que até agora é apenas um simulacro fraudulento e ilegítimo de eleições presidenciais”, explicou a oposição, num comunicado.

No documento, divulgado em Caracas, a oposição ratifica “a sua inquebrável vocação eleitoral e democrática” e sublinha que acredita “no voto como a mais poderosa ferramenta de expressão popular e de transformação social e política”.

“Estas não são umas eleições. O nosso objetivo é conseguir eleições de verdade. A Constituição exige-as e nesse objetivo orientaremos a nossa luta. Em nome da imensa maioria dos venezuelanos, desafiamos o Governo de Maduro a medir-se contra o povo numa eleições de verdade”, adianta.

Segundo a oposição, “o evento prematuro e sem condições [eleições presidenciais] anunciado para o próximo 22 de abril é apenas um ‘show’ do próprio Governo para aparentar uma legitimidade que não tem”.

O vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no poder), Diosdado Cabello, anunciou na terça-feira que iria pedir à Assembleia Constituinte (composta apenas por simpatizantes do regime) que convocasse também eleições legislativas para 22 de abril.

Diosdado Cabello, tido como o segundo homem mais forte do regime e também membro da Assembleia Constituinte, fez o anúncio através da televisão estatal venezuelana.

 

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