Hungria rejeita chegada de migrantes ao país para evitar “mini Gazas”

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, garantiu hoje que rejeita a chegada de migrantes ao país para evitar a criação de “mini Gazas”, como considera que acontece nos países da Europa ocidental.

Hungria rejeita chegada de migrantes ao país para evitar

Na sua intervenção quinzenal na rádio pública Kossuth, Orbán afirmou que “a migração e o terrorismo andam de mãos dadas” e garantiu que “os migrantes ilegais são cada vez mais radicais”.

“Há grupos terroristas por trás deles [dos migrantes]”, sublinhou, referindo-se a um relatório do serviço de segurança nacional húngaro.

Este relatório, publicado na semana passada, afirma que diferentes organizações terroristas estão envolvidas no tráfico ilegal de seres humanos.

Neste sentido, Orbán criticou o pacto europeu de migração – que, entre outras medidas, prevê a deslocalização de migrantes e refugiados -, sublinhando que os países ocidentais querem forçar a Hungria a aceitar esta “má solução”.

Assim, anunciou que o seu país aprovará um endurecimento das suas já muito restritivas políticas de migração antes do fim do ano.

Em relação à Ucrânia, Orbán, o maior aliado da Rússia dentro da União Europeia (UE), reiterou que as negociações de adesão da Ucrânia ao bloco europeu não deveriam começar porque o país estaria longe de estar pronto.

A Hungria é, juntamente com a Turquia, o único país da NATO que não forneceu ajuda militar à Ucrânia para se defender da agressão russa.

As relações entre a Hungria e a Ucrânia são tensas, já que Kiev afirma que Budapeste apoia as políticas russas, enquanto a Hungria acusa a Ucrânia de não respeitar os direitos das minorias étnicas, incluindo os magiares, compostos por cerca de 150 mil pessoas.

CSR // APN

By Impala News / Lusa

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