EUA querem eleições no Senegal “o mais depressa possível”

O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, instou hoje o Senegal a ultrapassar a crise política e a realizar eleições “o mais depressa possível”, numa chamada telefónica com o Presidente, Macky Sall, anunciada pela Casa Branca.

EUA querem eleições no Senegal

Blinken “falou com o Presidente do Senegal esta manhã para reiterar a nossa preocupação com a situação no país e para deixar claro que queremos que as eleições se realizem como previsto, queremos que se realizem o mais rapidamente possível”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros nos países europeus, Matthew Miller, aos jornalistas.

“E se não se realizarem a 25 de fevereiro, queremos que se realizem o mais rapidamente possível”, acrescentou, citado pela agência norte-americana de notícias, a AP.

O Senegal vive uma das mais graves crises políticas das últimas décadas, desde que o Presidente Macky Sall anunciou o adiamento das eleições presidenciais em 03 de fevereiro, três semanas antes da data prevista, prolongando assim o seu mandato.

Horas depois de o parlamento ter começado a debater a lei que sustenta o adiamento das eleições, as autoridades ordenaram o primeiro corte da ligação à Internet móvel.

O adiamento foi justificado com a abertura de uma investigação sobre o processo de validação dos candidatos presidenciais e entre os quais foram excluídas figuras proeminentes como o líder da oposição, Ousmane Sonko, e Karim Wade, filho do ex-Presidente Abdoulaye Wade.

Os deputados apoiantes de Sall e os que apoiam Karim Wade ratificaram o adiamento das eleições para 15 de dezembro e a manutenção do Presidente no seu cargo até à tomada de posse do seu sucessor, ‘a priori’ no início de 2025.

MBA (LT/EL) // VAM

By Impala News / Lusa

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