Eduardo Cabrita, o novo homem forte da Administração Interna

Eduardo Cabrita foi indigitado para ministro da Administração Interna, após a demissão de Constança Urbano de Sousa, estando a tomada de posse agendada para sábado.

Eduardo Cabrita, o novo homem forte da Administração Interna

O primeiro-ministro indigitou esta quarta-feira Eduardo Cabrita para ministro da Administração Interna, após a demissão de Constança Urbano de Sousa, estando a tomada de posse agendada para sábado no Palácio de Belém, em Lisboa.

A tomada de posse de Eduardo Cabrita acontece no mesmo dia em que, de norte a sul do país, milhares se manifestam, na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande e de 15 de outubro.

Nas reações a esta nomeação, o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, afirmou que o Ministério da Administração Interna estava a precisar de alguém com “dimensão e experiência política”, considerando Eduardo Cabrita um homem de “grandes decisões”.

O presidente da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, considerou, por seu lado, uma “boa escolha” o nome de Eduardo Cabrita para a pasta da Administração Interna.

Já a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) esperam que o próximo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, “venha com vontade de resolver os problemas” dos profissionais da guarda, esperando “peso político” no Governo e não “promessas vãs”.

Para o presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP-PSP), Mário Andrade, o novo ministro da Administração Interna devia ser alguém fora do atual Governo, referindo que teme que sejam mantidas “as mesmas linhas orientadoras”.

Quanto ao presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SinSEF), Acácio Pereira, considera Eduardo Cabrita um ministro “com peso político”, de quem espera uma mudança “na indefinição” que é o Ministério da Administração Interna.

CDS-PP desvaloriza mudanças no Governo

Nas reações políticas, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, desvalorizou as mudanças no Governo, considerando que “não têm qualquer novidade” e insistindo que António Costa “não tem condições” para se manter no cargo de primeiro-ministro.

Questionada pelos jornalistas sobre a escolha de Eduardo Cabrita para ocupar o lugar de ministro da Administração Interna e de Pedro Siza Vieira para o substituir como ministro Adjunto, a presidente do CDS-PP respondeu apenas que “essa é uma responsabilidade exclusiva do senhor primeiro-ministro” e que não vê “grande novidade nesses nomes”.

A líder parlamentar de ‘Os Verdes’ deseja, por seu lado, um “arregaçar de mangas” de todo o Governo sobre a questão das florestas e dos fogos e não uma solução de recurso, rejeitando ainda quaisquer outras “estratégias partidárias”.

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, considerou que Constança Urbano de Sousa, que apresentou esta manhã a demissão do cargo de ministra da Administração Interna, enfrentou condições “muito, muito, muito difíceis” no Verão.

Eduardo Cabrita, tido como próximo de António Costa, deixa o cargo de ministro-adjunto para assumir a pasta do Ministério da Administração Interna, onde tem agora que fazer uma reestruturação na área da Proteção Civil.

Constança Urbano de Sousa quis sair após Pedrógão Grande

A ministra da Administração Interna diz na carta de demissão enviada ao primeiro-ministro que pediu para sair de funções logo a seguir à tragédia de Pedrógão Grande, dando tempo a António Costa para encontrar quem a substituísse. Contudo, o primeiro-ministro aó agora aceitou o pedido de demissão, depois de terem morrido, pelo menos, 42 pessoas nos incêndios que deflagraram em Portugal entre domingo e segunda-feira.

Para o lugar de Eduardo Cabrita como ministro Adjunto do primeiro-ministro, António Costa escolheu Pedro Siza Vieira.

 

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