Detidos três suspeitos procurados há três anos pelo FBI por invasão do Capitólio

A polícia federal americana anunciou hoje a detenção de três pessoas que estavam a ser ativamente procuradas pela invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos, há exatamente três anos.

Detidos três suspeitos procurados há três anos pelo FBI por invasão do Capitólio

Jonathan Pollock, Olivia Pollock e Joseph Hutchinson foram abordados num rancho em Groveland, na Flórida, e deverão ser presentes a tribunal na segunda-feira, precisou o FBI num comunicado citado pela agência France Presse.

Os três suspeitos eram procurados por agressão a funcionários, distúrbio da ordem pública e intrusão violenta sem autorização no Capitólio, no dia 06 de janeiro de 2021.

Durante o inquérito, que dura há 35 meses e está ainda em curso, as autoridades constituíram mais de 200 arguidos, de 50 estados, pela sua participação na tentativa de insurreição que teve lugar no Capitólio.

Os desordeiros opunham-se à declaração de vitória do democrata Joe Biden nas presidenciais de 03 de novembro de 2020, num incidente violento que resultou em várias mortes.

O ex-presidente Donald Trump nunca reconheceu a sua derrota nas eleições, nem a sua alegada implicação no incitamento ao assalto do local onde se reúne o Congresso norte-americano.

As posições do eleitorado em relação ao assalto e à ação judicial estão mais polarizadas que nunca. 

Depois de um período em que a sólida maioria dos eleitores condenou a invasão e a considerou uma ameaça à democracia, a simpatia de uma porção do eleitorado pelos atacantes e por Donald Trump aumentou.

É o que mostra uma nova sondagem do Washington Post e da Universidade de Maryland, segundo a qual apenas 53% dos inquiridos responsabilizam Trump pelo ataque. Essa percentagem era de 60% em 2021. 

A sondagem revela ainda que 25% dos inquiridos acreditam que foi o FBI que instigou o ataque no Capitólio, depois de anos de desinformação por vários órgãos de comunicação de extrema-direita.

Sete em cada dez republicanos consideram que a reação à invasão é exagerada e chegou o momento de deixar o caso para trás.

Esse cenário é improvável tendo em conta que, em 2024, o foco estará nos dois julgamentos criminais de Donald Trump relacionados com a insurreição e a tentativa de subverter os resultados das eleições presidenciais de 2020. 

O Departamento de Justiça acusa Trump de quatro crimes: conspiração para defraudar os Estados Unidos; conspiração para violar direitos civis; conspiração para obstruir a certificação dos resultados eleitorais; e obstrução da certificação dos resultados eleitorais. 

No proceso em curso na Geórgia, a procuradoria propôs a data de 05 de agosto de 2024 para o início do julgamento. Ao contrário do que acontece nos casos federais, se Trump for condenado não se pode perdoar a si próprio se voltar à Casa Branca, nem receber um perdão do governo da Geórgia. Os perdões são decididos por um organismo independente. 

MAD (ARYG) // MAG

By Impala News / Lusa

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