César diz que vencedor das eleições no PS deve pedir confiança “suficientemente forte” para assegurar estabilidade

O presidente do PS, Carlos César, defendeu hoje que o vencedor das eleições internas no partido deve pedir aos portugueses uma confiança “suficientemente forte” para assegurar a estabilidade política.

César diz que vencedor das eleições no PS deve pedir confiança

Para o ex-líder parlamentar socialista e ex-presidente do Governo dos Açores, qualquer que seja o candidato que vencer as eleições de hoje no PS “deve pedir uma confiança dos portugueses suficientemente forte para permitir que o partido alcance uma dimensão que assegure a estabilidade política”.

O presidente do PS, que falava aos jornalistas na sede do PS/Açores, em Ponta Delgada, onde exerceu o direito de voto para a eleição do secretário-geral do partido, disse esperar que o partido “seja capaz de evidenciar um projeto claro, suficientemente consensual, que permita que um número muito significativo de portugueses apostem na confiança e continuidade de um partido agora renovado e com novas energias”.

Carlos César rejeitou que as eleições legislativas regionais dos Açores de 04 de fevereiro possam ser um teste com vista às eleições nacionais de 10 de março, uma vez que “são atos eleitorais diferentes, com motivações diferentes e candidatos diferentes”.

“Não me parece que uma influencie a outra”, afirmou o ex-líder parlamentar socialista.

César alertou, contudo, que “as eleições que vão ocorrer nos Açores dão muito conta, pelas suas causas, daquilo que poderão ser as consequências de uma eventual coligação de direita no país”.

“Será, como bem disse o ainda secretário-geral do PS, uma barafunda, e o país não precisa de mais barafundas do que aquelas que ocorreram, infelizmente, nas últimas semanas”, declarou.

O nome do sucessor de António Costa na liderança do PS deverá ser conhecido ao fim da noite de hoje, quando encerrarem as urnas após dois dias de votações, em que 60 mil militantes têm capacidade de voto.

O processo eleitoral no PS foi aberto com a demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro em 07 de novembro, após ser tornado público que era alvo de um inquérito judicial no Supremo Tribunal de Justiça, no âmbito da Operação Influencer.

Além do novo líder do partido, os socialistas vão eleger 1.400 delegados (aos quais se juntam 1.100 com direito de inerência) ao congresso nacional, que se realizará entre 05 e 07 de janeiro, na Feira Internacional de Lisboa.

JME (JPS/PMF) // JPS

By Impala News / Lusa

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