António Filipe confirma três candidaturas ao cargo de presidente da Assembleia da República

O deputado do PCP António Filipe, que está a dirigir temporariamente os trabalhos no parlamento, confirmou hoje que deram entrada três candidaturas ao cargo de presidente da Assembleia da República.

António Filipe confirma três candidaturas ao cargo de presidente da Assembleia da República

“Temos três candidatos a presidente da Assembleia da República: José Pedro Aguiar-Branco, Francisco Assis e Manuela Tender”, disse.

O boletim de voto terá o nome dos três candidatos, tendo António Filipe explicado aos deputados que, se votarem em mais do que um, o voto seria considerado nulo.

“Vamos dar inicio à votação, com a metodologia da primeira vez, mas mais rápida porque não têm nenhum ato de posse para assinar”, afirmou.

Antes de António Filipe ter iniciado os trabalhos, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e dois dos candidatos — Aguiar-Branco e Assis — trocaram algumas palavras no centro do hemiciclo, à vista de todos.

A primeira eleição do presidente do parlamento, feita por voto secreto, e na qual os deputados são chamados, por ordem alfabética, a votar numa urna no centro da sala das sessões, durou cerca de uma hora e 15 minutos.

O impasse começaria pelas 17:00, quando o então candidato único Aguiar-Branco falhou a eleição para presidente da Assembleia da República com 89 votos a favor, 134 brancos e sete nulos.

Cerca de uma hora depois o PSD retirou a candidatura, mas pelas 19:00 o antigo ministro da Defesa voltou a reapresentá-la.

Segundo o Regimento, “é eleito Presidente da Assembleia da República o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções”

“Se nenhum dos candidatos obtiver esse número de votos, procede-se imediatamente a segundo sufrágio, ao qual concorrem apenas os dois candidatos mais votados que não tenham retirado a candidatura. Se nenhum candidato for eleito, é reaberto o processo”, refere o mesmo documento.

Ou seja, mesmo numa segunda volta só será eleito um candidato que tiver maioria absoluta dos votos.

O presidente do Chega, André Ventura, tinha anunciado na segunda-feira que o partido iria apoiar o candidato Aguiar-Branco “na sequência da informação” que lhe teria sido transmitida pelo PSD de que os sociais-democratas também aprovariam os seus candidatos a ‘vice’ e secretários da Mesa.

Na XVI legislatura, PSD e PS têm cada um 78 deputados, o Chega 50 parlamentares, a IL oito, o BE cinco e o PCP e o Livre quatro cada um. O PAN mantém uma deputada única e o CDS-PP regressou ao parlamento com dois deputados.

Ou seja, PSD, CDS-PP e Chega somam no total 130 parlamentares, o que deveria ser mais do que suficiente para a eleição que é, contudo, feita por voto secreto.

SMA // JPS

By Impala News / Lusa

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