Há mais nove arguidos no caso da morte do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk, no Aeroporto de Lisboa. De acordo com o Jornal de Notícias, as responsabilidades judiciais não se limitam aos três inspetores do SEF que já foram condenados a nove anos de cadeia por ofensa à integridade física grave qualificada, agravada pelo resultado, a morte de Ihor.

Segundo a mesma publicação, o Ministério Público tem dois inquéritos a decorrer e já foram constituídos como arguidos seis seguranças e três elementos do SEF pelos crimes de tortura e omissão de auxílio. De acordo com o Diário de Notícias, o MP conseguiu reunir indícios contra seguranças da empresa Prestibel,  Paulo Marcelo, Ana Sofia Lobo, Cátia Castelo-Branco, Manuel Correia, Rui Rebelo e Jorge Pimenta, e contra três elementos do SEF, João Diogo, João Agostinho e Cecília Vieira.

Quatro seguranças admitiram em tribunal ter manietado a vítima com fita adesiva. Os outros serão imputados, pelo MP, por crimes de omissão de auxílio, o mesmo pelo qual deverão responder os restantes três inspetores do SEF.

Recorde-se que o caso da morte de Ihor Homeniuk data de 12 de março de 2020, quando o cidadão de nacionalidade ucraniana perdeu a vida no Aeroporto de Lisboa depois de ter sido espancado pelos inspetores do SEF Duarte Laja, Luís Silva e Bruno Sousa. Os três inspetores terão deixado Homeniuk deitado e algemado a asfixiar até à morte.

 

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