Jovem médico dedica o resto da vida a estudar doença que o mata

Um jovem médico fica cinco vezes às portas da morte e dedica o tempo que lhe resta à procura de uma cura para a sua doença rara.

Jovem médico dedica o resto da vida a estudar doença que o mata

Um jovem estudante de 27 anos estava no terceiro ano do curso de Medicina quando, de repente, os seus orgãos começaram a falhar. Depois de ter consultado vários especialistas, ter-se submetido a vários tratamentos e enfrentado a morte cinco vezes, David Fajgenbaum, hoje com 34 anos, não sabe quanto lhe resta, mas decidiu dedicar a vida a encontrar uma cura. Frequentava o terceiro ano de faculdade na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, quando começaram os sintomas, que, apesar de ter achado estranhos, concluiu que podiam ser devido ao stress que a maioria dos estudantes de Medicina sentem.

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Gânglios linfáticos inchados, suores nocturnos e uma anormal sensação de cansaço constante

Entre os sintomas, o estudante tinha os gânglios linfáticos inchados, suores nocturnos e uma anormal sensação de cansaço constante. Passadas algumas semanas, enquanto estava a realizar um exame ginecológico, David Fajgenbaum teve uma dor abdominal fortíssima e foi directamente para urgências. Tendo sido imediatamente internado, nas seguintes sete semanas, o jovem estudante ganhou 32 quilos, devido à produção excessiva de líquido linfático, acabando por ter uma hemorragia retiniana (na retina dos olhos) que o deixou temporariamente cego de um olho.  Apesar de ter feito um tratamento na altura com esteróides e de ter recebido alta, nunca teve um diagnóstico.

Finalmente, o diagnóstico: doença de Castleman

Passado um mês, a inexplicável doença volta a atacar e desta vez os esteróides não fazem qualquer efeito. Os médicos acharam que ele ia mesmo morrer. Mas quando os especialistas submeteram David Fajgenbaum a quimioterapia, o jovem americano melhorou e sobreviveu ao episódio. Foi nesse momento que os médicos descobriram que sofria da doença de Castleman. Geralmente, esta condição é tratada com uma simples cirurgia e, para a maioria dos pacientes, os sintomas não são muito acentuados. Infelizmente, David Fajgenbaum também descobriu que sofria de uma variação dessa doença, que é mortal.

Investigadores que tratavam desta área não trocavam entre si os avanços

Foi depois de estar duas vezes às porta da morte que David Fajgenbaum decidiu começar a estudar a fundo a doença que o ensombrava. Reuniu todos os dados e enquanto esteve internado analisou todos os relatórios médicos, resultados de laboratório e toda a informação que conseguiu reunir sobre a doença. Durante todas as suas recuperações, passava horas a estudar e, finalmente, descobriu que um dos maiores impedimentos para a evolução da cura era que os investigadores que tratavam desta área não trocavam entre si os avanços que iam fazendo na matéria. «Eu passava dia e noite na sala-de-estar a examinar os documentos», explicou David Fajgenbaum ao The Hunffington Post.

David Fajgenbaum terminou os estudos e é médico especialista nesta doença

Graças à sua pesquisa, à monitorização constante da sua doença e à exposição mediática que teve, David conseguiu impulsionar a criação da Castleman Disease Collaborative Network. Trata-se de uma organização que reúne cerca de 400 investigadores e médicos de todo o mundo para compreender e encontrar uma cura para esta doença. Hoje, David Fajgenbaum tem 34 anos já é médico especialista nesta doença e está casado desde 2014. Apesar de já ter estado cinco vezes às portas da morte e de ainda não ter encontrado uma cura, quer dedicar todas as horas da vida na procura da cura para a doença de  Castleman.

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