Inferno a preto e branco | Um mês depois, Pedrógão Grande ainda pede ajuda

17 de junho de 2017. O dia em o distrito de Leiria foi atacado por um dos incêndios mais mortíferos da história de Portugal. Uma data que ninguém esquecerá.

 

Aquele que seria um dia de calor como tantos outros, tornou-se no maior dos pesadelos para centenas de pessoas. Um incêndio começado no concelho de Pedrógão Grande, em Leiria, tomou proporções nunca antes vistas.

“Um verdadeiro inferno”, diz quem viveu de perto este drama: 64 mortos, centenas de feridos, mais de 50 mil hectares consumidos pelas chamas…

Números que, segundo os que viveram de perto este drama, e que a muito custo recordam o fatídico dia, “não podem ser só recordados como estatísticas”.

Poucos dias antes de fazer um mês da terrível tragédia, uma equipa de reportagem do Portal de Notícias Impala viajou até alguns dos locais afetados pelo dramático fogo. No carro, seguíamos três pessoas. O silêncio reinou a partir do momento em que se deu entrada no local que ficou conhecido como a “estrada da morte”.

O forte calor que sentimos a partir daquele momento não se reflete em palavras. Não há imagens que mostrem a dimensão do que se vê no local.

Inferno a preto e branco

Passado um mês, o cheiro intenso a queimado, a cinza que teima em ficar presa às roupas e ao corpo, os rostos tristes e traumatizados, as lágrimas que teimam em cair quando se recordam as vítimas e os momentos de terror vividos naquele dia não deixam ninguém indiferente.

Ouvimos habitantes de diferentes aldeias. Todos se emocionam quando olham para as casas, para as paisagens em redor, e constatam que o verde de outrora deu lugar a um “inferno a preto e branco”.

Os sorrisos não existem. As gargalhadas não se ouvem. Até os pássaros foram para longe. Nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos reina o silêncio… e a dor.

A reportagem elaborada pela nossa equipa retrata o cenário atual das localidades afetadas por um dos incêndios mais mortíferos da História portuguesa.

Um mês depois, as ajudas tardam, mas a esperança continua viva nos corações de quem teve de seguir com a vida.

Veja o nosso vídeo e prepare-se para uma reportagem contada na primeira pessoa por quem viveu de perto (e continua a viver) o pesadelo do incêndio de Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos.

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