Web Summit: Depois da Fábrica de Unicórnios Moedas quer Lisboa como “porto seguro da inovação”

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, anunciou hoje que, depois da Fábrica de Unicórnios, tem um novo projeto para Lisboa, o de tornar a capital portuguesa um “porto seguro da inovação” para salvar a democracia e a humanidade.

Web Summit: Depois da Fábrica de Unicórnios Moedas quer Lisboa como

Carlos Moedas falava na sessão de abertura da cimeira tecnológica em Lisboa, que conta com um recorde de 2.600 ‘startups’, a qual termina em 16 de novembro.

“Hoje quero anunciar um novo projeto para Lisboa. Queremos ir da Fábrica de Unicórnios ao porto seguro da inovação, o lugar onde te sentes livre”, prosseguiu o autarca, que no início do discurso deu as boas-vindas aos participantes da Web Summit à “cidade dos sonhos”.

“Há dois anos estava aqui para falar do meu sonho” que era “fazer Lisboa a capital da inovação da Europa”, prosseguiu, referindo que a inovação é “um processo, é sobre trabalho árduo”.

E por isso foi criado em Lisboa a Fábrica de Unicórnios, que na altura “ninguém acreditava” que fosse acontecer, recordou.

Dois anos depois da Fábrica de Unicórnios existe, tem “mais de 54 empresas tecnológicas” que vieram para Portugal, para Lisboa, de 23 países para criar empregos na capital portuguesa, apontou.

Dessas, “12 são unicórnios”, salientou, apontando que as tecnológicas anunciaram “mais de 10 mil empregos em Lisboa”, o que o deixa “muito orgulhoso” de ter criado a Fábrica.

Na sua intervenção, Carlos Moedas recordou que, quando os fenícios criaram a cidade de Lisboa, chamaram-na de Allis-Ubo, que significa “porto seguro”.

“Porto seguro porque esta era a cidade em que durante séculos as pessoas trabalhavam juntas, de diferentes religiões – muçulmanos, judeus, cristãos – trabalhavam juntos em diversidade”, prosseguiu.

Daí o novo desafio hoje a apresentado hoje por Moedas, de um porto seguro da inovação.

“A diferença em Lisboa é que ninguém quer mudar ninguém. Damos as boas-vindas a todos e todos têm o direito de ser o que querem ser. Essa é a beleza disso, mas há um desafio para a vossa geração: se querem democracia, se querem um futuro para as vossas crianças, têm de focar a tecnologia na humanidade”, alertou.

“Têm de ter um projeto para mudar a tecnologia para melhor e isso significa que todos vós, com as vossas empresas, têm de trabalhar para resolver os problemas de hoje”, disse Carlos Moedas, que passam pelas questões de habitação, passando pela saúde, alterações climáticas.

“Quero que venham para Lisboa ajudar-nos a resolver isso porque é o único caminho” em que podem contribuir para o futuro do mundo, “se a tecnologia se tornar algo que ajuda a humanidade e a democracia”, desafiou.

“A vossa responsabilidade a partir da agora” é passar da inovação que estão habituados à “inovação que pode ajudar a democracia”.

O evento, que se realizou pela primeira na capital portuguesa em 2016, conta este ano, de acordo com a organização, com 900 investidores, 2.000 media confirmados, 300 parceiros, 800 oradores, num total de 70.000 participantes, em que 42% são mulheres.

Ao todo, estão representados 160 países.

Após as duas primeiras edições na capital portuguesa, a Web Summit e o Governo anunciaram, em 2018, uma parceria de 10 anos, o que mantém a cimeira em Lisboa até 2028.

ALU // JNM

By Impala News / Lusa

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