Wall Street fecha sem rumo, perto do equilíbrio, mas preocupada com juros

A bolsa nova-iorquina encerrou sem rumo, mas perto do equilíbrio, com os investidores inquietos com as consequências da subida permanente das taxas de juro da dívida dos EUA

Wall Street fecha sem rumo, perto do equilíbrio, mas preocupada com juros

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem rumo, mas perto do equilíbrio, com os investidores inquietos com as consequências da subida permanente das taxas de juro da dívida dos EUA para as empresas e as famílias norte-americanas.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average perdeu 0,06% (14,25 pontos), para as 24.448,69 unidades, e o Nasdaq recuou 0,25% (17,52), para as 7.128,60.

Ao contrário, o S&P500 progrediu 0,01% (0,15), para os 2.670,29 pontos.

“A subida das taxas de juro eclipsou as outras notícias do dia”, reagiu Peter Cardillo, da Spartan Capital.

A taxa de rendimento da dívida dos EUA a 10 anos conheceu um novo máximo desde há quatro anos, ao atingir os 2,99%, no limiar dos simbólicos 3,0%.

Pelas 21.15 de Lisboa, descia um pouco para os 2,973%, valor este que está acima dos 2,960% com que fechou as transações na sexta-feira, enquanto a taxa relativa às emissões a 30 anos evoluía nos 3,144%, que compara com 3,145% de sexta-feira.

Estes juros elevados refletem a antecipação de uma progressão da inflação, “enquanto o mercado bolsista beneficia de boas perspetivas de crescimento económico, bem como de sólidos resultados trimestrais das empresas”, comentaram os analistas da Oxford Economics.

Ora, esta subida é também a indicação de que as taxas de referência do banco central dos EUA poderiam ser revistas em alta para eliminar os riscos de inflação.

A instituição dirigida por Jerome Powell prevê atualmente duas subidas de taxas este ano.

A subida da taxa a 10 anos “sugere que o banco central norte-americano poderia ser mais agressivo do que antecipado quanto às subidas de taxas. Isto iria impor uma pressão acrescida sobre as taxas de juro dos empréstimos das empresas e os preços no consumo”, detalhou Tom Cahill, de Ventura Wealth Management.

Desta forma, as ações poderiam continuar a sofrer com esta situação.

“A partir de 3% ou 3,25%, vai ser difícil sustentar a subida das cotações, mesmo com resultados de empresas favoráveis”, antecipou Cardillo.

Durante esta semana são esperados vários resultados, entre os quais os de Caterpillar, 3M, Boeing, Facebook, General Motors, ExxonMobil e Chevron.

 

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