Wall Street fecha em alta graças a sinais de arrefecimento da economia

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores surpreendidos com a baixa dos rendimentos obrigacionistas e uma criação de emprego inferior às expectativas, o que alimenta esperanças de a Reserva Federal acabar com o endurecimento monetário.

Wall Street fecha em alta graças a sinais de arrefecimento da economia

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,39%, o tecnológico Nasdaq ganhou 1,35% e o alargado S&P500 subiu 0,81%.

Desde o verão que as ações se confrontam com os crescentes rendimentos proporcionados pelos títulos da dívida pública federal. Estes rendimentos elevados minam as cotações das ações, ao atraírem o dinheiro que lá estava ou para lá se dirigia.

O rendimento proporcionado pela obrigação do Tesouro a 10 anos, que é a referência no mercado obrigacionista, recuou para 4,73% dos 4,80%, o nível mais alto desde 2007 que tinha registado na véspera.

A baixa dos rendimentos obrigacionistas seguiu-se a vários relatórios que apontam para uma economia em arrefecimento.

O primeiro indicou que a contratação de trabalhadores pelo setor privado em setembro foi inferior ao esperado.

Em Wall Street, estas são boas notícias, porque um mercado laboral frio pode significar menos pressão sobre os preços. Isto pode levar a Reserva Federal (Fed) a não elevar a taxa de juro.

Um segundo relatório mostrou que o crescimento do setor dos serviços arrefeceu em setembro mais do que os economistas estavam à espera.

Contudo, também mostrou alguma persistência sobre os preços uma vez que os preços pagos pelas empresas de serviços subiram em setembro a uma taxa similar à de agosto.

Por outro lado, os investidores começaram a ponderar os efeitos do vazio na presidência da Câmara dos Representantes, depois da destituição do presidente, Kevin McCarthy.

Esta situação inédita não importa no curto prazo, uma vez que o financiamento do governo está garantido até 17 de novembro.

Mas, “dito isto, um vazio na liderança na Câmara [os Representantes] aumenta as probabilidades de um encerramento do governo, quando expirar o atual prolongamento do financiamento”, apontaram os economistas do Goldman Sachs.

RN // RBF

By Impala News / Lusa

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