Sonangol retomou abastecimento de combustíveis a cimenteiras angolanas

A petrolífera angolana Sonangol anunciou hoje que estão ultrapassados os “constrangimentos” da refinaria de Luanda no abastecimento de fuel óleo às cimenteiras, que entretanto limitaram a atividade face à falta de combustível.

Sonangol retomou abastecimento de combustíveis a cimenteiras angolanas

A petrolífera angolana Sonangol anunciou hoje que estão ultrapassados os “constrangimentos” da refinaria de Luanda no abastecimento de fuel óleo às cimenteiras, que entretanto limitaram a atividade face à falta de combustível.

De acordo com a petrolífera estatal, liderada por Isabel dos Santos, nos últimos meses foi feita a “readaptação técnica” e modernização da refinaria de Luanda, garantindo “maior capacidade de refinação e de fornecimento de derivados de petróleo”.

Na sexta-feira, afirma a Sonangol, foram retomados os abastecimentos de fuel óleo às cimenteiras diretamente na refinaria de Luanda, com os primeiros carregamentos para a Fábrica de Cimento do Kwanza Sul (FCKS), com 38 metros cúbicos, e dos chineses da CIF, com 35 metros cúbicos, ambas as cimenteiras praticamente paralisadas devido à falta de combustíveis.

“O carregamento de fuel óleo realizado na passada sexta-feira marca o final de um conjunto de constrangimentos e bloqueios operacionais que tiveram início em 2003, com as obras no porto de Luanda, que afetaram e desativaram parte significativa das estruturas de armazenamento e comercialização da empresa. Estas obras impediram o fornecimento daquele combustível a alguns clientes, entre os quais as fábricas cimenteiras”, explica a Sonangol.

O ministro da Construção e Obras Públicas de Angola, Manuel Tavares de Almeida, disse anteriormente que as cimenteiras angolanas paralisadas por falta de combustível passariam a poder abastecer Heavy Fuel Oil (HFO) diretamente na Refinaria de Luanda a partir de 10 de novembro, deixando assim de passar pela Nova Cimangola, outra concorrente.

A decisão visa permitir que seja restabelecido rapidamente o fornecimento de cimento ao mercado e estabilizados os preços, face à suspensão da produção nas cimenteiras China International Fund (CIF), no Bom Jesus, em Luanda, e da FCKS, no Sumbe, província do Cuanza Sul.

A falta deste combustível, necessário à laboração das cimenteiras, fez disparar o preço daquele produto, naquela que já é apelidada no país como a “guerra do cimento”.

“As fábricas de cimento, a partir dessa data [sexta-feira], terão condições para se abastecer aqui mesmo na refinaria, sem necessidade de passarem pela Cimangola. Por tanto, a linha que fornecia o HFO à Cimangola agora foi bifurcada em dois pontos, que serão para abastecimento à fábrica de cimento da CIF e a outra para abastecimento da fábrica do Sumbe”, garantiu anteriormente o ministro.

Posteriormente, a FCKS anunciou que estará em condições de retomar a laboração até final deste ano.

O empresário Sindika Ndokolo, marido de Isabel dos Santos, presidente da petrolífera estatal angolana Sonangol, é por sua vez o presidente do conselho de administração da Cimangola.

Por sua vez, a estrutura acionista da Cimangola, de acordo com a imprensa angolana, é liderada pela Ciminvest, de Isabel dos Santos (antes em parceria com o empresário português Américo Amorim), seguindo-se o Estado angolano, com 40,2%, e o Banco Africano de Investimentos (BAI), que possui 9,52%, além de outros pequenos acionistas.

A Sonangol esclareceu entretanto que em 2007 foi criado um ‘pipeline’ ligando a refinaria, então em obras, à cimenteira Nova Cimangola, “que na altura era o único cliente utilizador de fuel óleo em Angola”, que passou a ser abastecida por esta via.

“Em 2015, com a construção de novas fábricas de cimento, outros clientes, como a FCKS, recebiam o produto através das instalações do Lobito. No ano seguinte, em 2016, houve um acordo comercial entre as cimenteiras que acordaram usar os tanques e as instalações da Nova Cimangola para fornecimento de fuel óleo. Este procedimento manteve-se até fevereiro deste ano”, refere a petrolífera, no comunicado difundido hoje.

A Sonangol explica que está agora em condições de vender aquele tipo de combustível a qualquer cliente.

“É igualmente de realçar que o fuel óleo produzido pela Refinaria de Luanda é de qualidade superior e, consequentemente, é comercializado internacionalmente a um preço mais elevado no mercado, tendo muita procura. Nesta fase, a Sonangol, tem realizado com sucesso exportações de fuel óleo, o que permitiu aumentar a receita e ganhar divisas para empresa”, sublinha a petrolífera estatal.

 

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