Viúva de português morto em explosão ‘presa’ no Sri Lanka

Rui Lucas foi o único português que morreu na sequência de várias explosões que ocorreram na capital do Sri Lanka, este domingo

Rui Lucas estava em lua-de-mel com a mulher quando se deram várias explosões em hotéis e igrejas na capital do Sri Lanka, Colombo. Para além de o português, de 30 anos, os ataques terroristas levados a cabo pelo grupo islâmico National Thowheeth Jama’ath mataram pelo menos 290 pessoas e feriram mais de 500, segundo o último balanço divulgado pelas autoridades. Rui Lucas, até ao momento, foi a única vítima mortal de nacionalidade portuguesa. Sílvia Ramos, a mulher do português, sobreviveu. 

Neste momento, a viúva encontra-se detida naquele país devido a questões de segurança. «Falámos com a Sílvia que desejava regressar hoje [no domingo passado, dia em que os ataques decorreram] a Portugal, mas o aeroporto foi encerrado por questões de segurança e por isso não há data prevista para o regresso», explica o irmão de Rui Lucas, Hugo Lucas, em declarações ao Correio da Manhã. O familiar ainda acrescenta que, pelo mesmo motivo, a transladação do corpo não tem para já data prevista. Todos os custos associados à situação de Sílvia e da transladação de Rui Lucas vão ser garantidos pelo Estado português.

O casal tinha-se casado no passado sábado. Rui Lucas era natural de Viseu e trabalhava numa empresa de Vouzela.

«Era uma pessoa com um coração enorme, um grande amigo»

«Era uma pessoa com um coração enorme, um grande amigo», afirmou Augusto Teixeira sobre Rui Lucas, que desde 2013 era seu colaborador na T&T Multielétrica, empresa que presta serviços nas áreas das energias renováveis, domótica e segurança, eletricidade e climatização.

«Ia passar a lua-de-mel para um sítio calmo, com uma cultura completamente diferente…», contou Augusto Teixeira.

Consternado com a notícia da morte do amigo, o empresário disse que é um «momento particularmente difícil» para os cerca de 30 colaboradores da empresa onde Rui Lucas trabalhava, em Crasto de Campia, a cerca de 40 quilómetros de Viseu, cidade onde a vítima mortal dos ataques residia.«Ele gostava de desportos de natureza, mas acho que não foi por isso que escolheu o Sri Lanka. Ia passar a lua-de-mel para um sítio calmo, com uma cultura completamente diferente. Gostava de viajar, viajava muito nas férias», afirmou.

Marcelo presta condolências a viúva

O Presidente da Republica Marcelo Rebelo de Sousa já apresentou as suas condolências à mulher da vítima. «O meu pensamento vai em especial para a família da vítima portuguesa e já tive a oportunidade de apresentar as condolências à viúva», declarou Marcelo, em declarações à agência Lusa. José Luis Carneiro também já falou com a esposa do português, a quem transmitiu uma mensagem de condolências e deixou os contatos para prestar «o apoio devido e indispensável nesta altura». «Tivemos conhecimento [da existência destes portugueses] porque foi a sua família que contatou o gabinete de emergência consular», acrescentou o responsável, adiantando que o gabinete teve ainda o contato de outros familiares dando conta de que tinha também lá uma família de quatro elementos, mas «felizmente esses encontram-se bem».

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