Exames nacionais 2018: Circularam mensagens sobre o que podia sair na prova de português

A alegada fuga de informação dos conteúdos do exame nacional de português ano passado não foi exceção.

Exames nacionais 2018: Circularam mensagens sobre o que podia sair na prova de português

A questão para os alunos que estão prestes a terminar o ensino secundário é e será sempre a mesma: “o que é que sai no exame?”. Bem, as várias respostas a essa questão podem ser cada vez mais propagadas nas redes sociais e este ano letivo não foi exceção. No Whatsapp, rede social de conversação móvel, existem vários grupos de chat e foi aí que surgiu o boato dos conteúdos que podiam sair no exame final de português de 12º ano. Todavia, não passam de mensagens que carecem de verdade mas colocam os alunos bastante ansiosos e inquietos com o que estudar ou não para a prova.

Pode-se ouvir na mensagem que se espalhou nas redes sociais: “Estudar muito bem ‘Os Maias’ [de Eça de Queiroz], a intertextualidade do Ricardo Reis [heterónimo de Fernando Pessoa], o facto dois não fazerem nada… A intertextualidade de Cesário Verde [poeta] que tem em comum com o Bernardo Soares [heterónimo de Fernando n’O Livro do Desassossego]”, disse uma jovem que revelou após ter saído de uma sessão de explicações para os exames. A estudante disse que explicadora tem amiga cuja mãe trabalha no secretariado do IAVE [Instituto de Avaliação Educativa, organismo do Ministério da Educação que armazena e produz os exames nacionais para todos os anos de escolaridade].

Recorde-se que os alunos só sabem no momento da realização da prova os conteúdos a desenvolver, seja em que disciplina for o exame final. Os conteúdos são mantidos em segredo. Com isso, é implicado que os estudantes façam a revisão de todos os conteúdos leccionados entre o 10º. e o 12º. ano a determinada unidade curricular. Neste caso, o Português, onde dominam obras da literatura nacional e gramática.

Em 2017, uma mensagem parecida circulou. “Ó malta, falei com uma amiga minha cuja explicadora é presidente do sindicato de professores (…) e diz que ela precisa mesmo, mesmo, mesmo e só de estudar Alberto Caeiro e contos e poesia do século XX (…). E pediu para ela treinar também uma composição sobre a importância da memória“, ouve-se nesse clip de voz. Na altura, os conteúdos corresponderam a esta mensagem e a presidente da Associação de Professores de Português (APP), Edviges Ferreira foi constituída arguida pelo Ministério Público em maio por crimes de violação de segredo e abuso de poder.

A primeira fase do exame nacional de português realizou-se esta segunda-feira, 19 de junho, a partir das 9h30 da manhã. A segunda fase da prova da mesma disciplina é daqui a exatamente um mês, 19 de julho. A 25 de junho é a primeira fase do exame de matemática A.

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