Covid-19: Medicamento reduz carga viral quase na totalidade, diz estudo

Medicamento espanhol testado em França e nos Estados Unidos demonstrou uma redução quase total da carga viral do novo coronavírus, segundo estudo publicado esta terça-feira na revista Science.

Covid-19: Medicamento reduz carga viral quase na totalidade, diz estudo

Um medicamento espanhol testado em França e nos Estados Unidos demonstrou uma redução quase total da carga viral do novo coronavírus, segundo estudo publicado esta terça-feira, 26 de janeiro, na revista Science.

Em experiências realizadas em animais, o fármaco plitidepsina – medicamento usado em tumores – teve eficácia antiviral e toxicidade prometedoras, segundo a empresa que o produz. Os autores alegam que a plitidepsina é o composto que demonstrou ser mais eficaz e defendem que deve ser experimentado em ensaios clínicos alargados.

Em duas experiências animais diferentes em que havia infeção com o SARS-CoV-2, foi alcançada uma redução de 99 por cento das cargas virais nos pulmões tratados com este fármaco.

No artigo publicado na Science, os investigadores notam que embora a toxicidade seja uma preocupação em qualquer antiviral, o perfil de segurança da plitidepsina em humanos está comprovado. Segundo a empresa, o composto reduz a carga viral em doentes hospitalizados.

Os tratamentos dirigidos não contra o vírus, mas contra uma proteína específica do paciente são mais eficazes no surgimento de novas variantes.

O medicamento age bloqueando uma proteína humana (a eEF1A) que está presente nas células e que é usada pelo novo coronavírus para se reproduzir e infetar outras células.

“Acreditamos que os nossos dados e os resultados positivos iniciais do ensaio clínico da PharmaMar sugerem que a plitidepsina deve ser seriamente considerada para ampliar os ensaios clínicos de tratamento da covid-19″, consideram os investigadores.

O grupo de cientistas, liderado pelo virologista espanhol Adolfo García-Sastre, do Hospital Sinai, em Nova Iorque, afirma mesmo que a plitidepsina é 100 vezes mais potente que o Remdesivir, o primeiro antiviral para travar a covid-19.

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