Artista Rodrigo Gomes vence segunda edição do Prémio Sonae Media Art do Museu do Chiado

O artista Rodrigo Gomes, criador da obra “Estivador de Imagens”, é o vencedor por unanimidade da segunda edição do Prémio Sonae Media Art

Artista Rodrigo Gomes vence segunda edição do Prémio Sonae Media Art do Museu do Chiado

O artista Rodrigo Gomes, criador da obra “Estivador de Imagens”, é o vencedor por unanimidade da segunda edição do Prémio Sonae Media Art, no valor de 40 mil euros, foi anunciado pelo júri, no Museu do Chiado, em Lisboa.

Resultado de uma parceria entre a Sonae e o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, o prémio da área da arte contemporânea destina-se a artistas residentes no país que utilizem meios digitais e eletrónicos, nas áreas de ‘vídeo arte’, projetos sonoros, exploração do virtual e da interatividade.

Ao galardão – criado em 2015 – concorriam cinco finalistas, além do vencedor: André Martins, com a obra “Memorial Feed”, André Sier, com “Wolfanddotcom”, Nuno Lacerda, com “Samarra”, e Sofia Caetano, com “GOD”.

De acordo com o júri, a obra de Rodrigo Gomes “revelou um bom entendimento do que é uma exposição de uma peça de ‘new media art’ numa galeria de um museu”.

“O encontro entre imagem, som, movimento e matéria, numa instalação escultórica, é muito bem conseguido. É de salientar igualmente a capacidade que a instalação tem de envolver o espetador numa experiência artística gratificante. Além destes aspetos tecnológicos e formais, salientou-se igualmente o modo como o trabalho estabelece uma importante relação entre a herança de importantes artistas como Harun Farocki, e temas atuais como a vigilância, o terror e a guerra”, acrescenta o júri na justificação da escolha.

Rodrigo Gomes, nascido em 1991, vive e trabalha em Lisboa, frequenta o mestrado de Arte Multimédia, na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, onde também fez pós-graduação em Arte Sonora (2015-2016), e é licenciado em Escultura, pela Universidade de Évora (2012-2015).

O júri salientou “a particular qualidade e relevância dos trabalhos apresentados pelos restantes artistas finalistas, demonstrando um campo de investigação e experimentação alargado, patente nos diversos média que os constituem”.

Na obra de André Martins, “Memorial Feed”, as questões levantadas “são muito importantes no contexto da discussão do que é existir em rede, o direito a ser esquecido, o anonimato e a maneira como seremos lembrados digitalmente”.

A configuração espacial da peça “Wolfanddotcom”, de André Sier, “é complexa e desafiante, revelando um apurado trabalho de programação e construção de imagens”.

Já em “Samarra”, de Nuno Lacerda, uma peça com interatividade, “o público está realmente a construir a imagem, num jogo convidativo e lúdico”.

Por seu lado, em “GOD”, de Sofia Caetano, “a relação entre as imagens vídeo e a sua ‘mise en scène’ é eficaz a envolver o espetador numa relação direta com a obra, e a imersividade proposta é muito interessante e atual”, segundo o júri.

O júri desta segunda edição foi constituído por Filipa Oliveira (curadora e atual diretora artística do Fórum Eugénio de Almeida, em Évora), Nuno Crespo (professor e investigador nas áreas da estética, teoria e crítica da arte, arquitetura e filosofia) e Ramus Vestergaard (diretor e curador-chefe do DIAS — Digital Interactive Art Space, na Dinamarca).

O Prémio Sonae Media Art visa promover a criação e divulgação de formas de criação contemporânea que vão desde a imagem ao som, incluindo a exploração do média vídeo, computação, som e ‘mixed-media’, em que outras formas de arte como a ‘performance’, a dança, o cinema, o teatro ou a literatura podem ser incorporadas.

Na primeira edição, em 2015, a vencedora foi a artista Tatiana Macedo, com a obra “1989”, que explorava o meio videográfico e fílmico, através de uma tripla projeção com som espacializado, relacionando o individual com o político.

A mostra dos finalistas da segunda edição do galardão ficará patente até 01 de abril de 2018, no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado.

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