“Consegui ver as marcas dos dedos nos braços da Bárbara”

Rogério Paulo, amigo de longa data de Bárbara Guimarães e padrinho de Carlota, relata angústia da apresentadora.

No retomar da audiência de testemunhas do processo de violência doméstica no qual Manuel Maria Carrilho é arguido, foi a vez de Rogério Paulo ser interrogado pela procuradora do Ministério Público, Nadine Xarope.

O amigo da apresentadora, que é também padrinho de batismo de Carlota, a filha mais nova de Bárbara e Carrilho, relatou em tribunal a conversa onde tomou conhecimento dos episódios de violência de que a amiga era alvo.

“Consegui ver as marcas dos dedos nos Braços da Bárbara. Vi também pequenas escoriações nas costas, nos ombros, nos cotovelos, nos joelhos”.

O episódio da ameaça com a faca, já largamente abordado ao longo destes meses de audiências, foi também referido por Rogério Paulo. “Quando esse episódio aconteceu, ela estaria com a Carlota ao colo e o Dinis estaria na cozinha”. Rogério Paulo, que conhece Bárbara Guimarães desde a adolescência recordou também que, no Verão de 2013, durante umas férias na casa de família de Manuel Maria Carrilho, em Viseu, as marcas físicas eram ainda mais evidentes. O vinco nas canelas demorou muito tempo a passar. Tinha nódoas negras nas pernas, nos braços”.

O amigo de Bárbara Guimarães relatou também as crescentes oscilações comportamentais de Manuel Maria Carrilho, na fase final do casamento, comportamentos esses que se agravaram quando a apresentadora tomou a decisão de se divorciar.

“Ela contou-me que ele a chamava de burra, desequilibrada, alcoólica, ignorante, irresponsável, velha, gorda”. Uma situação, como descreve Rogério Paulo, “quase de bipolarização comportamental”.

“Ameaçou que a matava, que se matava”

Na sequência do pedido de divórcio, Rogério Paulo disse ainda que Manuel Maria carrilho começou, segundo Bárbara Guimarães, a fazer “ameaças de morte”. “Ameaçou que a matava, que se matava”. Acrescentou também que essas ameaças eram levadas a sério. “Ela sentia receio real”.

mudança de comportamento de Dinis Maria, filho mais velho do ex-casal, foi também abordado na audiência. Rogério Paulo relatou que a criança começou, na sequência do processo de divórcio, a referir-se de forma depreciativa aos familiares maternos. O filho mais velho de Bárbara Guimarães tinha, segundo Rogério Paulo, acesso aos artigos da imprensa sobre o divórcio. “Ele dizia que os avós e as tias eram más pessoas, que não prestavam”.

O amigo da apresentadora da SIC recordou ainda que Manuel Maria Carrilho influenciaria o filho, tentando colocá-lo contra a mãe.

“O Dinis dizia que o pai lhe dizia que estar com a mãe não era seguro, que a mãe era irresponsável e que ele tinha de tomar conta da irmã”.

Recorde-se que Manuel Maria Carrilho é arguido num processo de violência doméstica colocado pela ex-mulher, Bárbara Guimarães.

Texto: Raquel Costa

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