Mind Up é um projeto inovador de apoio a doentes mentais

O Mind Up é o novo projeto da Fundação S. João de Deus que tem como objetivo a inserção de doentes mentais em projetos comunitários

Mind Up é um projeto inovador de apoio a doentes mentais

Carlos é um dos membros do novo projeto Mind Up. Foi em tempos engenheiro, bem-sucedido e com uma carreira promissora mas viu-se obrigado a desistir das suas funções. Foi diagnosticado com distúrbio bipolar e o seu caminho cruzou-se com a do Mind Up.

O Mind Up é o novo projeto da Fundação S. João de Deus, destinado a pessoas com problemas de saúde mental. A ideia é manter ocupadas as pessoas com este tipo de condições. Uma forma inovadora para substituir os fóruns socio-ocupacionais. O projeto é desenvolvido em regime de cowork (local de trabalho partilhado) e tem como objetivo o desenvolvimento de atividades em grupo em projetos comunitários.

O primeiro participante do projeto, por exemplo, sempre teve interesses bem marcados que, ao longo dos anos, estiveram adormecidos, face à impossibilidade de enveredar por uma carreira profissional ligada à fotografia e ao vídeo.

“De olhar a brilhar e sorriso rasgado, o Carlos fala de filmes, de planos de imagem e mostra com orgulho fotografias e vídeos de viagens que fez pelo mundo”, conta-nos a psicóloga responsável do projeto, Filipa Aniceto.

Carlos encontrou uma nova vocação

A partir dos seus interesses e com o apoio da psicóloga, é no Mind Up que Carlos começou a desenvolver as suas competências através de ações de formação de edição de vídeo. “Através da mobilização de recursos internos, aprendizagem de estratégias de gestão de dificuldades, ajuda na planificação de objetivos e rotinas, e prevenção de situações de crise, pretende-se melhorar as ferramentas de manutenção de bem-estar, que facilitem a realização das actividades do quotidiano, os relacionamentos interpessoais e os projetos delineados no Mind Up”, explica Filipa Aniceto.

Como Carlos, muitas outras pessoas se encontram na mesma situação. A doença mental não escolhe idades, carteiras, profissões ou estatutos sociais. É importante estar atento aos sintomas iniciais, mas também perceber que ter uma doença mental não é o fim da linha.

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