Pedro Henriques: «Temos os piores árbitros dos últimos 20 anos»

Pedro Henriques era um dos árbitros preferidos dos adeptos, devido à sua forma de apitar «à inglesa». Saiba o que o antigo árbitro pensa da arbitragem atual

Pedro Henriques: «Temos os piores árbitros dos últimos 20 anos»

Chegou a internacional e era considerado um dos melhores juízes portugueses na primeira década do século XXI. De forma surpreendente, começou a ter classificações pouco condizentes com o seu estatuto – nesta entrevista queixa-se de ter sido prejudicado por alguns observadores de árbitros – e em 2010 abandonou a arbitragem, um ano antes do limite de idade e depois de ter descido de divisão.

Pedro Henriques era um dos árbitros preferidos dos adeptos, devido à sua forma de apitar “à inglesa”, deixando o jogo correr e não apitando faltas sucessivas, como é normal em Portugal. Chegou a internacional e era considerado um dos melhores juízes portugueses na primeira década do século XXI.
De forma surpreendente, começou a ter classificações pouco condizentes com o seu estatuto – nesta entrevista queixa-se de ter sido prejudicado por alguns observadores de árbitros – e em 2010 abandonou a arbitragem, um ano antes do limite de idade e depois de ter descido de divisão.

Logo a seguir enveredou pela carreira de comentador de arbitragem e hoje em dia é a “estrela” do polémico programa Juízo Final, da Sport TV, em que é feita a análise aos jogos dos três grandes portugueses, através da tecnologia inovadora do vídeo-árbitro, e que permite analisar imagens exclusivas de golos, faltas e lances, de todos os ângulos e com todas as repetições. Critica o trabalho que tem sido realizado pelo atual presidente do Conselho de Arbitragem, José Fontelas Gomes, mas fecha a porta de uma eventual candidatura à liderança deste órgão, garantindo ser um homem realizado profissionalmente.

Que balanço faz do programa Juízo Final, que estreou a meio de fevereiro?

Faço um balanço positivo, mas tenho de fazer uma nota: o segundo e o terceiro programas foram transmitidos em dias em que houve jogos do Sporting e por isso transmitidos muito mais tarde do que o horário habitual, das 22h00. E devido a esses jogos do Sporting, a análise dos lances foi feita em cima do joelho, sem grande tempo e fugindo ao planeamento original do programa.

Em traços gerais, qual é a intenção do programa?

Escolhemos os quatro/cinco lances dos jogos dos três grandes suscetíveis de provocar mais polémica e temos a possibilidade de mostrar alguns ângulos que as pessoas não observam durante a transmissão televisiva. Temos este lado inovador e depois o lado mais tradicional dos comentadores ligados aos três grandes, algo que pode ser criticado ou não, mas que é cultural em Portugal.

Como têm sido as reações ao programa?

A noção que tenho é que não tem sido positiva por parte das pessoas com responsabilidades na arbitragem, pois têm receio que os árbitros fiquem mais expostos por se mostrarem imagens de determinados ângulos nas quais se percebe que os árbitros não decidiram bem. As pessoas da arbitragem têm de perceber que vivemos numa era em que a televisão ganhou grande importância, permitindo corrigir erros que tinham sido cometidos. E aliás, através do nosso programa, o público tem uma noção da dificuldade do trabalho dos árbitros e do VAR’s, que têm de analisar lances muito duvidosos em 30 ou 40 segundos, como se vê pelas diferentes opiniões que existem dos comentadores sobre o mesmo lance.

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