Angel Di María confessa: “A minha filha esteve quase morta”

Angel Di María regressa ao Benfica na companhia da mulher, Jorgelina, e das filhas, Mia e Pia. E a filha mais velha do jogador é o seu maior troféu.

Angel Di María está de volta a Portugal. 13 anos depois de ter saído do Benfica, o jogador argentino, de 35 anos, está de regresso a Lisboa e aos encarnados. A seu lado está Jorgelina Cardoso, companheira de longa data, e Mia e Pia Di María, as filhas do casal. E é Mia, filha mais velha do novo reforço das águias, que é o maior troféu do argentino. “A minha filha esteve quase morta”, disse Angel Di María numa entrevista.

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Estávamos em 2014. Angel Di María já tinha trocado o Benfica pelo Real Madrid e era, ao lado de Cristiano Ronaldo, uma das estrelas do clube. Jorgelina estava grávida e o casal preparava-se para viver um dos momentos mais felizes. Até que, aos seis meses de gestação, o casal é informado pelos médicos de que o nascimento de Mia teria de ser antecipado. A probabilidade de a menina morrer prematuramente era de 70%. Mas Angel e Jorgelina agarraram-se com todas as forças aos 30% de hipótese de sobrevivência.

“Ela [filha] ensinou-me a saber sofrer e a aguentar a dor”

“A minha filha ensinou-me que tudo é possível. Como saber que o mais difícil, às vezes, pode tornar-se em algo fácil”, disse, na época, numa entrevista à Marca. “Ela ensinou-me a saber sofrer e a aguentar a dor, a ser mais forte. Tudo isso que me transmitiu ajudou-me a fazer uma época espetacular”, acrescentava. Referindo-se aquela que muitos consideraram a melhor época da carreira do jogador. Entre 22 de abril e 12 de junho, o casal foi ao hospital duas vezes por dia para estar com a filha. E durante esse período, com a história a ser desconhecida durante algum tempo, os 30% de hipótese de sobrevivência foram caminhando para os 100%.

“A minha filha esteva quase morta, mas lutou e lutou”

Mais recentemente, e numa conversa com o Olé, o novo camisola 11 do Benfica voltou a recordar a história da Mia, hoje com 10 anos. “A minha filha esteva quase morta, mas lutou e lutou. Foi algo que me fez repensar na vida e que me fortaleceu”, contou. “Foram momentos muito difíceis. Tínhamos de estar sempre ali e só a podíamos ver duas vezes por dia, à noite tínhamos que ir embora [do hospital]. Ser pai e voltar para casa, sem a nossa filha é realmente muito difícil. E não saber o que vai acontecer no próximo dia é muito complicado. Às vezes, nós chegávamos e já víamos certos bebés que tinham morrido de um vírus. Tu saías dali e nunca sabias como ia ser o dia seguinte”, acrescentou.

Angel Di María não tem dúvidas de que a sua vida dava uma bela história de cinema. “Se eu fizer um filme, acho que ganho mais do que ganhava no futebol. A verdade é que sim, com toda a minha infância e da minha filha. E agora com a conquista do Mundial”, terminou.

Importância da mulher

Homem de família, Angel Di María tem uma ligação muito forte com a mulher, Jorgelina. Especula-se que a companheira do jogador terá sido fundamental para que o argentino regresse a Portugal, onde foram muito felizes. O que levou a que El Fideo recusasse propostas financeiras muito mais atrativas. Aliás, nas redes sociais, depois de o Benfica confirmar a contratação de Di María, Jorgelina escreveu que estava de volta a casa. “Vieste a este mundo para nos ensinar que jamais nos podemos render. E para demonstrar que, se quiseres, este mundo pode ser belo e cor de rosa”, disse, em tempos, o jogador sobre a mulher.

Texto: Bruno Seruca
Fotos: Reprodução Instagram

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